domingo, 6 de novembro de 2016

IGREJA PRIMITIVA E IGREJA ATUAL: O CARÁTER DO VERDADEIRO CRISTÃO


IGREJA PRIMITIVA E IGREJA ATUAL: O CARÁTER DO VERDADEIRO CRISTÃO
Mizaelde Souza Xavier

Contra todos os péssimos exemplos que encontramos atualmente na teologia e na vida prática de muitas igrejas, os cristãos primitivos apresentam um contraponto, a forma correta de pregar e viver o Reino de Deus. Embora enfrentasse o insistente ataque de falsos mestres e falsos profetas, como eram os judaizantes e os gnósticos, a Igreja primitiva possuía um compromisso firmado com o fundamento dos apóstolos, que era e continua sendo o Senhor Jesus (1 Coríntios 3:10,11). Ninguém pode lançar outro fundamento para a nossa espiritualidade que não seja o Senhor Jesus. Surge então outra questão: as diversas doutrinas que apresentam Jesus como alguém diferente daquele apresentado pelos apóstolos e demais escritores sagrados. Para os Testemunhas de Jeová, Jesus não é Deus; para os que vivem da Teologia da Prosperidade, Jesus é a senha que abre um cofre celestial repleto de bênçãos. Para os espíritas, Ele não passa de um médium, um ser espiritualmente evoluído. Logo, nem todo cristo é o Cristo dos apóstolos. Segue-se que nem toda fé que fala de Jesus é bíblica e conduz à salvação.

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O Jesus no qual cremos e seguimos está descrito em dois versículos nos Evangelhos. Ao serem os discípulos interrogados por Jesus a respeito de quem eles achavam que Ele era, Pedro tomou a palavra e declarou: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16). O apóstolo João, após escrever o seu Evangelho comprovando a deidade de Cristo, afirma que tudo o que está escrito é para que os seus leitores creiam que Jesus é o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham vida em seu Nome (João 20:31). Cristo é a pedra principal desse fundamento (Efésios 2:20); se o retirarmos da nossa espiritualidade, ela ruirá como um prédio que tem os seus alicerces de alguma forma removidos. Os primeiros passos do Cristianismo foram dados seguindo essa verdade, crendo em Jesus como Senhor da sua Igreja, insistindo na pregação da Palavra de Deus sem as interferências das heresias que afirmavam que Jesus não era Deus, que era um espírito. O único Jesus que legitima a nossa fé é o Jesus pregado na Palavra de Deus.

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Vemos um exemplo de como a Igreja primitiva vivia a sua fé logo no início da sua caminhada e como essa fé produzia uma espiritualidade em tudo diferente com aquela praticada nos dias de hoje (Atos 11:19-26). Diferentemente do individualismo exacerbado presente em diversas crenças pseudocristãs atuais, ela era uma igreja perseguida por causa da pregação do Evangelho e enfrentava grandes tribulações e, a despeito da perseguição que sofria, seguia pregando a Palavra de Deus, tanto a judeus quanto a gregos (vs. 19,20). Não era uma igreja ensimesmada. Eles compartilhavam todas as coisas (Atos 2:42-47). Se hoje a Igreja vive na era da incerteza, sem verdades absolutas e sem uma Palavra definitiva e soberana, a Igreja primitiva era uma Igreja que tinha o Senhor presente e que vivenciava muitas conversões (v. 21,24). Eles não tinham dúvidas quanto ao seu Senhor e a sua Palavra. Era também uma Igreja cheia da graça de Deus e que permanecia firme no Senhor (v. 23), ao contrário da igreja mundanizada, que, em vez de influenciar o mundo, é influenciada por ele. Aquela era, também, uma Igreja aplicada ao ensino e ao estudo da Palavra de Deus, a sua mensagem era correta, estava fundamentada em Cristo (v. 26). Hoje, a Teologia da Prosperidade tem ditado a nossa maneira de crer e viver Deus, oferecendo-nos pregações e louvores triunfalistas, que exaltam o homem e desprezam a autoridade de Deus. Não é uma mensagem de amor a Deus e ao próximo, mas de amor a si mesmo (Atos 18:5; João 20:30,31; Romanos 1:16).

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Diferentemente de hoje, a Igreja nascente teve a oportunidade de ter a presença viva dos apóstolos. Hoje, temos aquilo que Deus revelou através deles, a sua presença por meio dos seus escritos (livros, evangelhos, epístolas). Os seus líderes eram homens cheios do Espírito Santo e de fé, o que podia ser visto através do seu caráter transformado e da preocupação com o bem-estar espiritual da Igreja (v. 24,25). Hoje, em muitas denominações, pratica-se uma liderança personalista, centrada no indivíduo (pastor, bispo, apóstolo) que comanda a igreja como a uma empresa e dela obtém lucro financeiro. Ele detém para si todo o poder sobre a vida e a doutrina da igreja, divulgando-se a si mesmo na mídia e estampando sua foto nas fachadas dos templos. A autoridade da Bíblia é trocada pela autoridade da sua revelação e aquilo que ele disser, por mais estranho e antibíblico que pareça, torna-se uma verdade divina na mente dos seus fiéis.

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Por fim, a Igreja primitiva identificava-se com a vida e o caráter de Cristo, de modo que as pessoas de fora olhavam para a igreja e conseguiam identificar nela o seu Senhor (v. 26). O que vemos quando olhamos para certos ministérios e líderes da atualidade? Conseguimos identificar o caráter santo, humilde e servidor de Jesus? Eles demonstram sua identidade através de um caráter transformado, do amor pelas almas, da preocupação com o sofrimento dos pobres, do cuidado com a vida espiritual da Igreja, do zelo pela sã doutrina, do desejo constante de glorificar a Deus? Ou pelos bens que eles possuem, pelo poder que exercem sobre os seus fiéis? Os primeiros seguidores de Jesus foram identificados como “pessoas de Cristo” ou “pequenos cristos” porque a sua vida demonstrava claramente quem eles seguiam; a forma como lidavam uns com os outros, como tratavam a verdade que pregavam denunciava que eles eram fiéis seguidores de Jesus. E hoje, as pessoas que olham para nós são capazes de dizer “ali vai um cristão”? Não é a forma como nos vestimos, as músicas que cantamos, os templos que erigimos, as gírias evangélicas que usamos ou qualquer outro artifício humano que nos identificará com Jesus, mas possuir um caráter parecido com o seu.

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