sábado, 5 de janeiro de 2013

Existe Redenção na igreja católica?

Os católicos mentem quando afirmam acreditar na redenção de Cristo, ou ao menos falam levianamente por desconhecerem as suas próprias doutrinas e dogmas. Em suma, a redenção significa que Deus, por meio de Jesus Cristo, nos redime consigo mesmo, cancelando nossos pecados e nos dando a vida eterna. Além disso, a redenção nos justifica, nos santifica, nos dá o dom do Espírito Santo, nos faz participantes do corpo de Cristo, que é a Igreja, e nos separa para as boas obras. Quando redimido, o pecador já não tem mais nenhuma dívida para com Deus, pois todos os seus pecados passados e futuros são perdoados. Para o crente, a condenação já não existe. Sendo desta forma salvo exclusivamente por meio da graça de Deus e dos méritos de Cristo, o crente, pela fé, tem a vida eterna.
Esta é a redenção efetuada por Cristo de maneira perfeita e definitiva, não restando mais coisa alguma a ser feita para que o homem possa se salvar. Quando ouve a Palavra de Deus e é convencido pelo Espírito Santo do pecado, da justiça e do juízo, arrependendo-se e crendo em Cristo como seu Senhor e Salvador, o pecador pode estar certo do perdão de Deus e de sua salvação. O escrito de dívida que havia contra ele foi rasgado, pregado na cruz e ele agora é chamado de nação santa e sacerdócio real, nova criatura, filho de Deus e servo de Jesus. A sua salvação se desenvolverá pelo processo constante de santificação, pois o crente tem sua vida transformada como templo do Espírito Santo. Ainda que caia em pecado, terá Jesus advogando ao seu favor, recebendo o perdão gracioso de Deus.
Porém, se os católicos creem nessa maravilhosa e perfeita redenção em Jesus Cristo,

1) Qual a necessidade e a função do purgatório? Se a salvação é pela fé, como pode alguém, já morto, crer? As missas, oferendas e obras de caridade não seriam obras praticadas pelos entes vivos para salvar o defunto? Então, anula-se a cruz de Cristo.

2) Como explicar as indulgências? Então a redenção de Cristo não é perfeita o suficiente para salvar o pecador? Então o perdão de Deus não é gratuito? É ainda necessário pagar para que sejamos perdoados?

3) Se Deus perdoa nossos pecados quando nos arrependemos e os confessamos – a Ele – por que deveríamos ainda pagar penitências após nos confessarmos?

4) Se existe a redenção e ela está em Cristo Jesus, que necessidade há da intercessão e do patrocínio de Maria?

5) Se Cristo morreu por nós sendo nós ainda pecadores e nos deu a salvação pela fé na sua obra expiatória na cruz, porque devemos praticar obras para conquistar uma salvação que Cristo já conquistou por nós?

6) Porque ensinar a salvação por meio de medalhas milagrosas, rosários, escapulários, penitencias, autoflagelamentos, permanência na igreja católica, obediência ao Magistério da igreja, entre tantos outros elementos que não encontram na Bíblia o seu sentido e razão?

7) Se a salvação é gratuita e por meio da fé somente, se a redenção está na obra salvítica de Cristo (sua morte e ressurreição), por que pregar que os sacramentos são sinais da graça de Deus e conduzem o pecador à salvação?

8) Se a salvação é pela fé, não seriam os sacramentos obras praticadas pelos homens em favor próprio para herdar, por seus méritos a vida eterna?

9) Se a Bíblia superabunda de textos afirmando que a salvação vem por meio da fé, porque o batismo salvaria alguém? Quem deseja ser batizado nas águas é porque já creu em Cristo para a salvação. Como um recém nascido, que mal tem consciência de si, pode ser batizado e considerado salvo?

10) Se temos livre acesso a presença de Deus por meio de Cristo, de que servem os padres e a intercessão de Maria?

Estas são apenas algumas questões que nos deixam ver o quanto o catolicismo romano é incoerente na sua fé. Não existe de fato salvação para quem se professa servo do papa, para quem confessa a fé católica. Isto porque a sua própria crença o impede de ser salvo. E por que, sabendo o que é redenção, ensinando a respeito do Natal e da Páscoa, pregando a salvação em Cristo, os doutores de Roma, com seu Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica, além de outros documentos e bulas oficiais, continuam acrescentando outros elementos à doutrina da salvação conforme está na Bíblia?
Isto tem um motivo, que pode ser resumido em apenas uma palavra: CONTROLE. Se deixarem a salvação a cargo da relação entre o pecador e Deus apenas, a igreja católica perde o controla sobre a vida dos seus fiéis. Se o papa começar a pregar uma fé individual, sem a necessidade da mediação da igreja, com seus santos e sacramentos, o fiel pode perceber que está livre e buscar uma igreja que mais lhe agrade, que melhor lhe permita desenvolver sua fé. Se o catolicismo romano deixar a cargo de cada fiel sua vida espiritual – comunhão direta com Deus por meio de Cristo – que necessidade haveria dos padres, do Magistério, das indulgências, das penitências, das missas, das ofertas, dos dízimos, dos sacramentos, todos controlados e ministrados pela igreja católica apenas?
Então, se não houver esse controle sobre a consciência do fiel, se não houver esse medo de excomunhão, esse pavor de perder a salvação caso abandone o catolicismo, essa necessidade de indulgências que só os papas podem dar e essa precisão sinistra do purgatório, o controle pode ser perdido. É preciso a pressão psicológica, a manipulação da fé para que o fiel entenda que ele deve nascer, viver e morrer católico. Logo, não há como falar de redenção, salvação pela graça, fé, comunhão pessoal com Deus. Até mesmo o perdão só pode ser conseguido através de um padre. E se o fiel negar a Maria – cuja doutrina quem detém é o catolicismo romano – está irremediavelmente perdido. A Bíblia não é a Palavra de Deus definitiva, a revelação total. Há que se acreditar nos Santos Padres, na Tradição e no Magistério da Igreja. Todos eles juntos formam a Palavra de Deus. Se faltar um deles, a Palavra de Deus perde seu sentido.
Resumindo: na Igreja Católica Apostólica Romana não existe redenção para o pecador, mas o controle da sua vida.

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