quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

CATOLICISMO ROMANO: IGREJA DE CRISTO OU SEITA?




O que é uma seita?


         Embora considere como seita apenas as igrejas que não são históricas, mas que surgiram muito depois da Reforma Protestante, por volta do ano de 1700 em diante, o que vemos na realidade é que o catolicismo romano considera qualquer igreja ou religião que não seja a sua como seita. Alguns autores consideram como seita um grupo de pessoas separadas do “tronco originário”. Mas que tronco é este? O que é realmente uma seita? Que pessoas encontramos lá? O que pregam? Como vivem? Como pensam e agem? São realmente todas as igrejas evangélicas seitas de Satanás?
         Voltando nossos olhos para o assombroso passado do catolicismo romano, com sua devassidão, simonia, parricídios, assassinatos, homossexualismo, sodomia, pedofilia, traições, furtos, seqüestros, anátemas, veremos que desde os primeiros séculos a igreja católica romana tem se mostrado a mais feroz e fanática seita já existente. Somem-se a isso a grande quantidade de bulas e concílios que culminaram nos mais vis atos e nas mais vergonhosas e heréticas doutrinas e teremos um quadro aterrador, capaz de calar qualquer fiel católico que pretenda taxar as igrejas protestantes de seitas. Os papas, por toda a história do cristianismo, deram clara demonstração que Deus e a sua vontade sempre estiveram em segundo plano, ou sempre serviram como desculpa para seus atos mais sórdidos.
         Não há uma definição mundial e definitiva que explique claramente o que é uma seita. O Minidicionário Silveira Bueno, editora FTD, traz a seguinte definição sobre este vocábulo: “SEITA, s.f. Facção; partido; doutrina que se afasta da opinião geral; conjunto de indivíduos que a seguem; comunidade fechada, de cunho radical”. O Dicionário da Bíblia de Almeida, Sociedade Bíblica do Brasil, diz que seita é um grupo religioso que se separa de um grupo maior (Atos 5:17; 15:5; 26:5; 28:22). Os autores Norman L. Geisler e Ron Rhodes defendem que existem algumas características gerais que nos permitem conhecer o que é uma seita. Estas características envolvem três dimensões: doutrinárias, sociológicas e morais. Vamos estudá-las em separado à luz do catolicismo romano e ver como a igreja de Roma se enquadra no conceito de seita.


Características doutrinárias


         As características doutrinárias de uma seita em muito diferem das Sagradas Escrituras, embora quase sempre lhe façam alusão. Normalmente negam a autoridade da Bíblia e a sua infalibilidade, possuindo uma visão distorcida de Deus e de Jesus, ou rejeitando a salvação pela Graça. Somente quando comparamos seus dogmas e declarações de fé com o que a Bíblia diz é que podemos perceber os erros e equívocos cometidos. Esta negação da infalibilidade bíblica e de sua autoridade, redunda em uma série de livros apócrifos e outros escritos que visam suprir a “deficiência” deixada pelos autores bíblicos. Outra forma de negar-se a autoridade da Bíblia é fazer alusão aos textos filosóficos gregos escritos antes das Sagradas Escrituras, comparando-os e assemelhando-os, de modo que a Bíblia, principalmente o Novo Testamento, teria sido inspirado nos filósofos da época. Quanto ao Antigo Testamento, aquelas pessoas que querem distorcer as Sagradas Escrituras e desacreditá-las, comparam seus relatos às histórias folclóricas orientais, de onde se originariam os relatos bíblicos, como por exemplo, a criação do homem, o dilúvio, etc.


Nova revelação


         A maioria das seitas que conhecemos e muitas religiões indígenas e orientais têm algum tipo de revelação que não aquela que conhecemos como Bíblia. Somos levados a aceitar que cada um cultue a Deus da sua maneira e que no final das contas, todos cultuam, do seu jeito, o mesmo Deus. Alguns católicos romanos afirmam que o cristão não deve tentar impor aos outros a sua religião, deixando que cada um se guie conforme a sua consciência e a sua crença, porque, afinal de contas, todos buscam a Deus. Uns o chamam de Terra, outros o chamam de Zeus, outros de Alá, outros de Sol, outros de Universo, outros Ser Supremo, conforme seu entendimento e as revelações que tiveram. Mas quando nos deparamos com sua filosofia, sua teologia, vemos que em muito se distanciam do ideal de Deus, como veremos durante este breve estudo. A revelação de cada um vai de acordo com aquilo que seus impulsos desejam, por isso existem tantas seitas satanistas e com perversões sexuais e morais. Somente o Deus cristão é o único e verdadeiro, independente do que digam os antropólogos e os doutores romanistas adeptos do sincretismo religioso.
         A igreja romana possui em seu “baú” de doutrinas inúmeros ensinamentos que jamais encontraram ou encontrarão respaldo bíblico. Para firmarem suas crenças, apelam para dois tipos de revelações extrabíblicas: a Tradição (regida pelo Magistério da igreja) e as “revelações” de santos e santas, como é o caso do aparecimento do uso do Rosário pelo chefe da inquisição, no ano de 1220, século XII:

A devoção do santo Rosário, como se sabe, foi revelada a S. Domingos pela divina Mãe, quando, estando o Santo aflito e queixando-se a sua Senhora dos hereges albigenses, que naquele tempo causavam grande dano à Igreja, a Virgem lhe disse: Este terreno há de ser estéril até que nele caia a chuva. Entendeu então S. Domingos que essa chuva era a devoção ao Rosário, que ele devia publicar.[1]

Muitas vezes uma revelação contradiz a outra, o que leva o Vaticano a expedir pedidos de perdão àqueles que foram penalizados no passado pelos equívocos cometidos. Depois de usar torturas, cicuta, enforcamento, morte na fogueira; depois de apoiar o nazismo e o golpe militar no Brasil, o Vaticano simplesmente diz: “Desculpem, nós erramos”. Mas como podem ter errado se suas palavras de fé são infalíveis e suas interpretações das Sagradas Escrituras são isentas de erros? Que revelações constantes são estas trazidas pela mãe de Jesus que leva seus “discípulos” a cometerem uma infinidade de atrocidades e equívocos? A “Santa Inquisição” ou “O Santo Ofício” não foi um terrível e lamentável erro?


Negação da autoridade única da Bíblia


         Esta é uma característica marcante na igreja de Roma, o que a iguala aos mórmons, que possuem o “Livro de Mórmon”, o qual consideram maior que a Bíblia; os Cientistas Cristãos, que elevam o livro de Mary Baker Eddy, “Ciência e Saúde” ou o reverendo Moon, que estabeleceu o seu livro “O princípio divino”, além dos muçulmanos que cultuam o deus do Alcorão, Alá. A Tradição[2] diz basear-se nos Evangelhos, mas podemos considerá-la como sendo um “outro evangelho” (cf. Gálatas 1:5,6), onde muitas doutrinas contraditórias foram inseridas para justificar dogmas bizarros.
         O motivo pelo qual as seitas possuem outro livro além da Bíblia, ou simplesmente a desprezam, é que ela, além de não oferecer suporte às suas doutrinas, contradizem-nas. É o que acontece com as Testemunhas de Jeová. Por não reconhecerem a divindade de Cristo, tiveram de alterar todas as partes da Bíblia onde esta afirmava que Jesus Cristo era Deus (eles dizem “um Deus” ao invés de “o Deus”, ho lógos). Assim procede o catolicismo para aclamar Maria como mediadora e co-redentora, dispensadora das graças de Deus, Rainha, esposa do Espírito Santo, intercessora, mãe de Deus e da igreja e Senhora do Universo. Ou para explicar as indulgências e o purgatório, além da salvação pelas obras e o batismo de crianças. Foi necessário estabelecer a Tradição como fonte oficial e divinamente inspirada das verdades cristãs para que se pudesse criar toda uma doutrina envolvendo os papas e seus sucessores, conferindo-lhes poder hierárquico sobre a igreja e uma infalibilidade que não condiz com suas práticas e ensinos. Através da Tradição Apostólica, surgiram as outras fontes de doutrinas católicas: os documentos conciliares e as súmulas e bulas papais. Todos estes, embora em escancarada contradição com a Bíblia, requerem para si a infalibilidade, como que ditados pelo próprio Espírito Santo.


Uma visão distorcida de Deus e de Jesus


         A visão que cada seita tem de Deus varia muito. Deus para algumas é uma Força do universo. Para outras Deus é tudo e tudo é Deus. Algumas dizem que todos somos deuses. Outras falam de um Deus vingativo, sádico e perverso, manipulador da humanidade. Deus, para muitas religiões e seitas, não é Todo-Poderoso, mas limitado ao tempo e ao espaço. De Jesus dizem que não é Deus, que não é o Cristo ou Messias, que é somente um espírito evoluído, apenas mais um profeta de Deus, como Maomé, uma reencarnação de Adão ou um médium. Negam sua morte vicária e sua mediação. Ele é apenas um revolucionário que se revoltou contra a hipocrisia dos judeus da sua época e pregou a caridade como meio de evolução espiritual e social. Para muitos, Jesus é apenas mais um personagem histórico, ou o que é pior, folclórico.
         O credo da igreja de Roma firma a sua fé em um Deus Pai Todo-Poderoso, criador dos céus e da Terra e em Jesus Cristo seu único Filho e nosso Senhor. Crêem na sua morte vicária e na sua ressurreição. Crêem no juízo final e na ressurreição dos mortos e na vida eterna. Todavia, se levarmos em conta que Maria também é sua Senhora e Salvadora e que a obra de Cristo na cruz não foi completa, devido às indulgências e ao purgatório, veremos que, a seu modo, a visão que o catolicismo romano tem de Deus e de Jesus também é bastante distorcida. E esta distorção se mostra nos limites impostos à atuação de Deus, quando este depende diretamente da hierarquia da Igreja, ou das limitações impostas ao Espírito Santo, que só é derramado sobre aqueles que são batizados na fé católica romana.


Negar a salvação pela Graça[3]


         A maioria das seitas que conhecemos negam que exista a salvação da alma. Quando aceitam a sua possibilidade, atribuem-na a alguma obra que devamos fazer para merecê-la. Os espíritas, por exemplo, não crêem em salvação, mas em “reencarnação”, onde a alma penará pelos séculos em busca de expiar os seus pecados (Karma), invalidando, assim, a Graça e o perdão total e eterno de Deus. As Testemunhas de Jeová aceitam que, além de crer, o crente deve realizar algum tipo de obra para merecer a salvação, como distribuir literatura de porta em porta. Em seus cultos os Adventistas do Sétimo dia não chamam as pessoas à fé que salva, mas ao batismo. De igual modo procedem os membros da Congregação Cristão no Brasil.
         No catolicismo romano a salvação pela graça de Deus é tida como heresia, bem como dizer que a hóstia não é o corpo de Cristo transubstanciado. A fé do católico não o pode salvar totalmente, como salvou ao autor da epístola aos Hebreus (Hebreus 7:25), mas ainda é necessário expiar os pecados mortais, mesmo após a sua morte. A ênfase na caridade[4] como meio de alcançar o favor de Deus mostra que a Graça de Deus não é o bastante, é preciso algo mais para o crente merecer o céu. Negar a Graça de Deus é negar o próprio Deus da Graça, é duvidar da sua misericórdia, do seu perdão, da sua promessa de um Salvador, do seu amor, da sua Palavra. Quem assim duvida de Deus, como pode crer nEle? Além disso, o catolicismo romano impõe o batismo e a permanência na sua igreja como meio de alcançar a salvação e não se perder.


Características sociológicas


         As características sociológicas das seitas são marcantes, principalmente das mais radicais do Oriente Médio. A religião islâmica, tão severamente radical, é uma demonstração de como uma seita pode influenciar na vida de seus fiéis e da sociedade em que está inserida. Na maioria das vezes são autoritárias e punitivas, obrigando seus seguidores à observarem dogmas muitas vezes extremos, como é o caso do uso da “burca” por algumas mulheres muçulmanas. Em sua maioria, também consideram-se únicas verdadeiras, desprezando e desconsiderando qualquer outra religião ou igreja. As suas doutrinas quase sempre não passam da observância de dogmas, de manifestações meramente exteriores de fé, que em nada refletem em sua vida interior.
         Assim como todas as outras características que estamos estudando, não são todas as seitas e religiões que englobam estas sociológicas. Todavia, é no catolicismo romano que encontramos todas elas de maneira bastante acentuada[5]. Mas não é fácil para o fiel católico leigo identificá-las, pois vêm sempre acompanhadas da assinatura dos “santos padres” e de um misticismo tal capaz de impressionar e convencer qualquer mente mais incauta. As doutrinas romanas são mais uma questão de cultura do que qualquer outra coisa, onde o próprio povo cria e recria seus dogmas, baseados no desconhecimento total que possuem da Palavra de Deus. Adoram a cruz e esquecem-se de quem lá foi pregado. Adoram os Reis Magos e esquecem de quem eles foram visitar.


Autoritarismo


         Quando pensamos na pessoa do papa João Paulo II, a primeira imagem que nos vem à mente é a de um homem encurvado, abatido pela velhice, com voz trêmula, macia e jeito benevolente, sempre pronto a interceder pela paz mundial. Mas se voltarmos nossos olhos para o passado, para a história de vida de tantos outros papas, encontraremos algo muito diferente. A começar pelo autoritarismo exercido pelos Bispos de Roma sobre os Estados europeus e o Novo Mundo, veremos que a igreja do Vaticano nem sempre foi tão benevolente. De fato, o papa tinha grande poder para coroar e destronar príncipes e reis, bem como de excomungá-los. Seu poder também recaía sobre fiéis que ousavam discordar da Santa Sé, torturando-os e lançando-os na fogueira para expiarem seus pecados de “bruxaria”. Este autoritarismo demonstrou-se claramente no Concílio de Trento, tipicamente anti-Reforma, e em toda a história da Inquisição.
         No catolicismo romano o papa tem a palavra final, mesmo que esta entre em contradição com as Sagradas Escrituras. A canonização dos santos, a criação dos dogmas, os pedidos de perdão e tantas outras demandas passam pelas suas mãos. Sua palavra é considerada infalível – e isto é um dogma de fé – isenta de erro, pois ele é sucessor de Pedro e, por isso, não pode errar. Embora se pareça sempre benevolente, amável e afetuoso, a figura do papa não deve estar ligada ao amor altruísta, ou mesmo humano, mas ao controle mental e espiritual exercido sobre a vida dos seus fiéis, insistindo que, caso abandonem a Igreja Mãe, perderão a salvação.


Exclusivismo


         Se os muçulmanos, os mórmons e as Testemunhas de Jeová requerem para si o título de verdadeira e única igreja da face da Terra, o que dizer do catolicismo romano? Conforme veremos no primeiro capítulo deste estudo, a igreja de Roma insiste em afirmar que teve a sua fundação no ano 33 da era cristã pelo próprio Jesus Cristo. Citam para isso o momento em que Cristo afirma para Pedro que sobre a pedra, que era Ele mesmo, edificaria a sua igreja. Se a igreja romana foi fundada ali, certamente era uma igreja sem o Espírito Santo, que ainda não tinha sido derramado. Mas como poderia ser romana se eles estavam na Palestina? Ela se tornou romana por fincar sua sede no Império Romano, que abriu as suas portas ao cristianismo, tornando-o a religião oficial do Império. É romana porque, assim como os Césares, se impõe através dos Sumos Pontífices, os novos Césares.
         Este ato de considerar-se única em todos os sentidos é marcante na igreja católica de Roma. É o Vaticano quem comanda as doutrinas que serão pregadas, que decide se é lícito ou não o uso de preservativos e anticoncepcionais para evitar a gravidez, quais serão os dias de festas, como caminhará a humanidade. Apoiada pela mídia, a igreja do papa tem em suas mãos meios eficazes de convencer as pessoas a fazerem e pensarem o que ela quiser, inclusive acharem que realmente esta é a verdadeira igreja de Cristo. Seus santos e mártires são os verdadeiros e suas doutrinas e festas são as verdadeiras. Nada que vá além daquilo que os bispos católicos pregam é considerado como verdade de fé, como vindo de Deus. A eles foi dada a exclusividade de decidir quem é e quem não é santo, canonizando quem bem entendem e acham que merecem, de acordo com suas conveniências.


Dogmatismo


         As seitas se firmam em inúmeros dogmas, como serem as únicas e verdadeiras, além de autoridades exclusivas na interpretação dos textos sagrados. Mas o que é um dogma? Segundo estudiosos romanistas:

No linguajar habitual, dogma “é uma verdade revelada diretamente por Deus, proclamada pelo magistério da Igreja de forma clara e definitiva para todos os cristãos, como objeto de fé católica e divina obrigatória”.[6]

 Em matéria de dogmas, o catolicismo romano talvez seja a religião que mais faz uso deles. Transubstanciação, assunção corpórea de Maria, imaculada conceição de Maria, purgatório, culto aos anjos e aos santos, infalibilidade papal, sacrifício da Missa, entre outros, formam uma cadeia de crenças que são impostas aos fiéis, restando-lhes apenas crer, o que não é difícil, devido a falta de conhecimento que a grande maioria tem da Palavra de Deus. O pouco que sabem é o que lhes é repassado na Missa, sob a interpretação dos sacerdotes.
         O catolicismo romano vive de seus dogmas, de práticas exteriores que nem sempre refletem na vida dos fiéis. É o ato pelo ato, o ritual pelo ritual, embora afirmem que estes possam trazer algum benefício. O ritual da Missa raramente muda o interior de alguém. Existem católicos chamados “nominais” que freqüentam a Missa apenas em dias santos ou de festas, às vezes somente as Missas de sétimo dia em memória a algum parente morto. Fora do templo, as suas vidas seguem a mesma rotina de pecado, sem se importarem com o que Deus está achando de suas atitudes. Já cumpriram a sua obrigação religiosa e estão com suas mentes tranqüilas. Ingeriram o “Corpo de Cristo” e por isso já têm a sua “porção de Deus”.


Mentes fechadas


         Embora não pareça, os católicos romanos possuem sua mente fechada, rejeitando qualquer argumento que vá contra a sua fé, mesmo quando confrontados com a Escritura. Por haver nascido dentro desta religião e criados freqüentando as missas e comungando, estão acostumados e alienados demais para aceitar qualquer argumentação desconfortante, embora o seu conhecimento seja extremamente limitado. Um exemplo é o da coroação de Maria por Jesus. Embora em parte alguma das Sagradas Escrituras conste que tal fato realmente aconteceu, alguns católicos leigos argumentam que este acontecimento está na Bíblia, é só ler.
         Uma explicação para tamanha incoerência é o fato de os sacerdotes católicos deturparem a Palavra de Deus, como o fazem os membros da Igreja Universal do Reino de Deus para explicarem seus dogmas antibíblicos (prosperidade financeira, exploração do dízimo, entre outras). Repetimos que, por não possuírem um conhecimento profundo da Bíblia, é fácil caírem nas armadilhas do Vaticano, fechando suas mentes para a verdade que liberta e rejeitando qualquer argumento, mesmo comprovado através das Escrituras. Quando vêem um crente que fala abertamente e fluentemente sobre a Palavra de Deus, pregando o Evangelho nas praças, ônibus, trens, etc., tacham-no de fanático. Suas mentes, na verdade não nasceram fechadas, elas foram fechadas pelo Vaticano.


Susceptibilidade


         A igreja católica romana acusa os protestantes de iludirem as pessoas para levá-las para suas igrejas, utilizando para isso formas ilícitas (caluniar a igreja católica, difamar aos que pertencem aos seus grupos, apresentar testemunhos falsos ou inventados, presentear alguma coisa para atrair as pessoas à sua religião, infundir medo nas pessoas com a eterna historia da proximidade do fim do mundo e afirmar que os seus seguidores nunca vão morrer[7]) e lícitas (ir de casa em casa, visitar aos doentes, difundir a literatura bíblica, não perder nenhuma oportunidade para falar da sua religião[8]. Ainda, dizem que as “seitas” protestantes aproveitam-se da ignorância do povo e da falta de conhecimento dos fiéis católicos das Sagradas Escrituras para convencê-los a mudar de religião. Esta acusação bem pode ser direcionada à igreja do Vaticano, visto ela empregar formas bem suscetíveis de evangelização.
         No Brasil, a maior nação católica do mundo, não é difícil a difusão das doutrinas romanas, visto já estarem arraigadas em toda sua cultura, principalmente a popular. Costuma-se dizer que a pessoa “nasce católica” e só mais tarde decide mudar de religião. Assim como a crença no zodíaco, o catolicismo parece uma marca que nasce com cada brasileiro. As festas religiosas, as procissões, as belas imagens sacras, a teatralidade sedutora empregada na Missa, as vestes suntuosas dos sacerdotes, o ornamento das catedrais, todo o misticismo que envolve as ladainhas, o rosário e as devoções; a veneração emocionada dos santos e dos mártires... são coisas eficazes na conquista dos fiéis, principalmente os mais incautos. A devoção a certos santos e santas – como é o caso de Nossa Senhora Aparecida, Padre Cícero, Santo Antônio, entre outros – leva os fiéis ao extremo da idolatria e ultrapassa em esplendor e emoção qualquer culto que possa ser oferecido por eles a Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Os olhos e os corações se voltam com tanta fé para as criaturas, que se esquecem de enxergar o Criador.


Isolamento


Algumas seitas fundadas nos Estados Unidos da América, como os Meninos de Deus, adotaram o isolamento como forma de vida e criaram comunidades distintas do restante da sociedade. Alguns monges budistas também procuram o recluso de seus mosteiros no alto das montanhas, em locais de difícil acesso. Querem, com isso, estar mais perto de Deus e desenvolver melhor a sua espiritualidade, sem contado com as impurezas do mundo moderno e suas tentações. Tudo isto contraria o que a Palavra de Deus fala sobre amar ao próximo e estar com ele para dividir suas cargas. Também contraria o poder do Espírito Santo para nos purificar dos nossos pecados e nos firmar contra as investidas seculares. Para estas religiões, o modo mais prático de lutar contra o mal é se afastando de tudo que possa lembrá-lo. Mas a vitória do crente está em Cristo Jesus.
A igreja católica também criou em torno de si uma doutrina do isolamento, uma barreira fortificada que é praticamente impossível transpor. Alguns setores mais radicais aderiram à filosofia das religiões orientais e fundaram mosteiros que resistiram ao tempo e à história e perduram até os dias de hoje, longe do convívio social. Mas as barreiras do catolicismo romano vão além dos muros dos mosteiros e conventos. São barreiras psicológicas, que aprisionam, ameaçam. O católico sente-se culpado por deixar sua igreja-mãe, acha que está traindo a Deus e ao papa, seu líder. Para os sacerdotes que se convertem ao protestantismo, ou simplesmente se apaixonam e querem constituir uma família, como Deus ordenou, sair da Santa Sé é bem mais complicado. Ele sempre será considerado um padre, mas agora desertor, excomungado, mal visto pela sociedade, perseguido pelo fantasma da inquisição psicológica.
Esta característica de isolamento do mundo exterior e de aprisionamento é uma forma, também, de proteção contra as heresias. Todavia, o campo de guerra do cristão é o mundo. Se ele está propício a cair em certo pecado, certamente cairá, numa cidade grande ou numa caverna afastada. O verdadeiro cristão, por conhecer as Sagradas Escrituras e delas tirar o seu alimento espiritual, pode muito bem conviver em um ambiente hostil, susceptível ao aparecimento de heresias sem se macular, porque tem certeza daquilo que crê. Deus jamais se manteve isolado do mundo, sempre esteve inserido nele através de seus profetas e, bem mais real e atuante, através do seu Filho e do Espírito Santo. Deus jamais se isolou, evitando a raça humana e seus pecados, mas amou-a e se entregou por ela, para que fosse salva.


Antagonismo


         O antagonismo da igreja romana pode mostrar-se através daquilo que crêem e daquilo que pregam. Como veremos mais adiante, o Concílio do Vaticano II considera os evangélicos como “irmãos separados” e concede certo valor à suas crenças e práticas, embora os recrimine por terem se distanciado da verdadeira igreja de Cristo. Todavia, conforme veremos também, ensinam, nos bastidores, aos seus fiéis que devem combater o avanço das seitas protestantes, porque são comandadas por Satanás e representam grande perigo para a igreja que Cristo fundou e suas próprias almas.
         O maior antagonismo da igreja romana, todavia, é contra a Bíblia. A grande maioria das suas doutrinas, como estudaremos aqui, em tudo contradiz aquilo que conhecemos como “revelação de Deus”, que consta nos Livros Sagrados. Uma breve amostra da doutrina sobre a mãe de Jesus nos mostrará como é antagônica a igreja de Roma. Eles afirmam que não adoram Maria, mas apenas a respeitam e veneram. Mas podemos provar que, além de adorá-la, consideram-na igual e às vezes superior à Trindade:[9]

·         Deus é Santo, Santo, Santo:Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os seus pés e com duas voavam. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, toda a terra está cheia da sua glória.” (Isaías 6:2,3; Apocalipse 4:8)

·         Maria é santa, santa, santa:Vibra nos céus, como diz São Boaventura, o clamor incessante dos anjos: Sancta, sancta, sancta Maria, Dei Genitrix et Virgo; e milhões e milhões de vezes, todos os dias, eles lhe dirigem a saudação angélica: Ave Maria... Prostrando-se diante dela e pedindo-lhe a graça de honrá-los com suas ordens (...) Toda Terra está cheia de sua glória.”[10]

·         Jesus é salvador e atende nossas orações:E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12). “Esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito” (1 João 5:14,15).

·         Maria é salvadora mais eficaz do que Cristo: “Quando nos dirigimos a esta divina Mãe, não só devemos ficar certos de seu patrocínio, mas às vezes seremos mais depressa atendidos e salvos chamando pelo nome de Maria, do que invocando o santíssimo nome de Jesus, nosso Salvador. E eis a razão que dá o escritor [Eádmero]: Cristo, como Juiz, tem o ofício de punir; a Virgem como padroeira tão somente tem o de compadecer-se. Quer com isso dizer que achamos a salvação mais depressa junto à Mãe que junto ao Filho.”[11]

·         Espírito Santo é o penhor do perdão divino: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo... em quem também vós, depois que ouvistes a Palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Efésios 1:13,14)

·         Maria é o penhor do perdão divino: “Na frase de S. André de Creta é a Santíssima Virgem penhor do perdão divino. Isto é, Deus promete garantido perdão aos pecadores, quando recorrem a Maria para que os reconcilie com o Senhor, e como garantia disso lhe dá um penhor. Este penhor é, sem dúvida, Maria Santíssima, que nos foi dada como intercessora.”[12]

Como pudemos notar, são claros os antagonismos cometidos pela doutrina romanista, contradizendo completamente a Palavra de Deus e impondo uma inverdade que em tudo envergonha os ensinamentos de Jesus. Somente à luz da sua Tradição o catolicismo romano pode comprovar suas doutrinas bizarras e antibíblicas.
         Mas o catolicismo romano contradiz-se, também, a si mesmo. Uma hora pregam uma coisa e noutra pregam algo diferente. É o caso da doutrina da salvação. Padre Flaviano Valente afirma que somente a fé não é necessária para salvar-se, mas também fazer a vontade de Deus e permanecer da igreja que Ele fundou, a Católica Apostólica Romana.

Para os que conhecem a palavra de Deus, não basta a fé em Cristo para salvar. É necessário que obedeçam também a Cristo, permanecendo em sua Igreja e respeitando seus representantes.[13]

Anteriormente, porém ele afirma que “alcançam a Salvação todos os que vivem conforme a sã consciência, ainda que não conheçam a Cristo”. Existe aí uma grande incoerência, porque só podemos servir a Deus e fazer a sua vontade se o conhecermos. Ele afirma, ainda, que a fé é somente para os que têm a oportunidade de conhecer a Cristo. Eqüivale dizer que não é necessário levar o Evangelho até aos confins da terra, porque os homens podem muito bem ser salvos pela sua própria consciência. Mas quê consciência? Como ser salvo por uma consciência que não conhece o Deus que salva? Como ser salvo por uma consciência completamente contaminada pelo germe do pecado original que afasta o homem da glória de Deus?[14]


Características morais


         Cada seita tem a sua particularidade, o que varia de acordo com cada cultura. Nem todas englobam as características que estamos estudando em sua totalidade. O catolicismo romano, porém, historicamente, tem-se mostrado mais terrível que muitas das mais radicais seitas e religiões existentes, cometendo atrocidades contra a Palavra de Deus e os discípulos de Cristo, envergonhando o cristianismo que afirmam pregar e defender. É certo que hoje muita coisa já mudou, não se queima mais ninguém nas fogueiras da Inquisição, mas ainda existem alguns fatores que fazem da Igreja Católica Apostólica Romana grande inimiga do Evangelho de Jesus Cristo.


Legalismo


         A maioria das seitas trabalha com um sistema de legalismos e rituais que em muito nos lembram os fariseus que viviam na época de Jesus. Sempre com suas práticas exteriores de religiosidade, como se fosse possível, através delas, alcançar a santidade e o favor divino. A estes, o Senhor Jesus dava a seguinte resposta:

 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas! Guias cegos, que coais o mosquito e engoli o camelo! Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança! Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo! Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro,  estais cheios de hipocrisia e de  iniqüidade. (Mateus 23: 23-28)

O catolicismo romano não fica muito atrás. Ele mantém um conjunto variado de doutrinas, ritos e rituais que não passam me mero formalismo e legalismo vãos, quem em nada contribuem para o desenvolvimento espiritual de seus fiéis e são incapazes de transformar seu interior. Embora afirmem viver na Nova Aliança, longe das imposições da lei mosaica, o que podemos notar é que em tudo a igreja de Roma se assemelha ao que os fariseus praticavam, inclusive em suas orações. Eles gostavam de grandes orações em pé nas sinagogas onde pudessem ser vistos e utilizavam de “vãs repetições”, que em muito nos lembram as ladainhas e o rosário.
         A própria Missa, com todos os seus ritos (rito sacramental, oferta, eucaristia...) denuncia um cristianismo meramente formal, exterior. Os sacramentos obrigatórios (batismo, confirmação ou crisma, eucaristia ou comunhão, penitência, extrema-unção, ordem e matrimônio), as genuflexões, o sinal da cruz, as ladainhas, o rosário, as procissões, o “círio de Nazaré”... formam um conjunto bizarro de doutrinas extrabíblicas que mantém a desculpa de representarem a fé do povo. Todos estes legalismos pretendem ser meios seguros de profissão de fé e conquista do paraíso, trazendo consigo maldições e castigos para os que nãos os cumprirem ou negar-lhes a sua veracidade bíblica. Além disso, a vida monástica e dos conventos impõem regras ditatoriais (como isolamento, castidade, voto de silêncio, mortificação da carne, etc.) que julgam necessárias à santidade e à salvação da alma. Através de práticas exteriores, tentam transformar o seu interior, quando era para ser o contrário.


Perversão sexual


         Descontentes com as religiões vigentes, principalmente com o catolicismo romano, não é pequeno o número de pessoas que embarcam nas seitas ou criam as suas próprias para que possam satisfazer seus próprios interesses. A doutrina do pecado original, do céu e do inferno, soa em muitos ouvidos como ideais reacionários de fanáticos religiosos que querem castrar a liberdade pessoal e, principalmente, sexual. Como veremos mais adiante, estas pessoas buscam alguma igreja ou seita que os permita continuarem em suas práticas pecaminosas enquanto servem a Deus “da sua maneira”.
         Talvez seja por tais motivos que proliferem em todo o mundo as seitas que utilizam-se de perversões sexuais como doutrinas obrigatórias, promovendo orgias sexuais que incluem, inclusive, a prática de sexo com crianças, o que é o caso da seita Meninos de Deus. Outras respeitam os infantes, mas promovem casamentos entre homossexuais, elegendo, ainda, pastores gays e lésbicas. Estas seitas manipulam a verdade de Deus e procuram comover a sociedade com discursos de liberdade sexual e amor, clamando contra o preconceito e a discriminação.
         Não temos relatos históricos que apontem para este tipo de perversão dentro do catolicismo romano enquanto dogma de fé. De fato, não só a igreja de Roma como, também, as igrejas protestantes têm lutado contra este tipo de coisa. Mas é necessário recordar que no passado os papas viveram uma vida bastante dissoluta, tanto intelectual como moral e sexual, entregando-se ao homossexualismo e a uma vida amorosa intensa e secreta. Nos dias de hoje não são poucos os casos de homossexualismo entre os sacerdotes católicos, e menos raros ainda os casos de pedofilia, cuidadosamente abafados pelo Vaticano. Isto não quer dizer que seja uma regra, pois toda a sociedade sofre deste mal, inclusive as igrejas evangélicas mais tradicionais. Mas o fato de estas perversões partirem de líderes que se consideram a imagem visível do Cristo invisível, Sumo Pastores e supremos guias do rebanho de Deus as torna ainda mais detestáveis. Mesmo jamais tendo sido considerado dogma a perversão sexual, o caso é que ela foi praticada por quem ditava os dogmas de fé católicos infalíveis sobre fé e “moral”.


Abuso físico


         Os muitos abusos praticados pelas seitas para converterem e manterem seus adeptos podem variar de abusos psicológicos até físicos. Podemos notar isto nos suicídios em massa que alguns líderes de seitas promoveram há poucos anos nos Estados Unidos, além da forma bruta como muitos de seus membros são tratados, principalmente se decidirem abandonar a seita a qual pertencem. Podem ser perseguidos e até mortos.
         A História negra do catolicismo romano nos recorda duas situações: a “Santa” Inquisição e as Cruzadas. Ambos dizimaram milhares de vidas inocentes pelo simples pecado de não crerem em sua religião, em suas doutrinas. O argumento do catolicismo de que os protestantes também fizeram uso da inquisição não os justifica, apenas confirma a existência de tal fato, instituído pelo papa Gregório IX, em 1232, para “reprimir” as heresias. Além disso, a incursão do catolicismo no Novo Mundo serviu para dizimar muitas culturas indígenas, impondo-lhes a cultura e a religião européias, não através da conversão genuína, mas da catequese. Outro exemplo específico, e que é fruto da Inquisição, são os chamados “cristãos novos”, judeus que abraçavam a fé cristã e negavam a religião judaica como forma de escapar das garras da Inquisição.
         Historicamente o catolicismo romano esteve envolvido em diversas tramas que incluíam reis e ditadores. A igreja de Roma teve grande influência para a realização do Golpe militar de 1964, no Brasil, na tentativa de destruir a “ameaça comunista” que de fato ameaçaria as suas bases hierárquicas...

A campanha religiosa contra o governo [Goulart] foi desencadeada pelo cardeal do Rio de Janeiro, dom Jaime de Barros Câmara. Na sua cruzada anticomunista, ele trouxe das Filipinas o padre Patrik Peyton, que, sabe-se hoje, era agente da CIA, um especialista em “levantar” as massas católicas contra o “comunismo ateu”, em nome da Virgem Maria (...) Historiadores norte-americanos, como Jerome Levinson e Juan de Onis – citados no livro A igreja e a política no Brasil, do ex-deputado e jornalista Márcio Moreira Alves –, fizeram descobertas interessantes. Demonstraram na década de 70, que o padre Peyton não só era agente da CIA como as várias marchas, promovidas em 1964 por associações femininas católicas, foram financiadas por empresas norte-americanas e pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos (...) Logo após o golpe, difundiram-se os chamados “Cursilhos da Cristandade”. Abusando da boa-fé de uns e do cinismo de outros, em nome do “Chefão” (apelido que deram a Jesus Cristo), os cursilhos cumpriam um papel de aglutinação ideológica com um toque de lavagem cerebral. Arregimentavam pessoas com liderança na sociedade, principalmente na classe média alta. Difundiam uma postura dita cristã, de respeito a ordem e de solidariedade aos seus iguais, ou seja, os que estavam no poder ditatorial (...) Os cursilhos receberam financiamento da Opus Dei, organização religiosa fascista com sede na Espanha, manipulados pelos cursilhos, uma parte da igreja, clero e leigos tornaram-se inocentes úteis ou usaram a inocência de muitos, reduzindo a religião a uma alavanca política de poder.[15]

Embora não tenham sido todos os líderes católicos a apoiar esse tipo de atitude[16], estes fatos são patentes e estão registrados nos livros de História, vindo ao conhecimento da maioria dos fiéis de Roma quando o seu papa expede pedidos de perdão por excessos cometidos anteriormente por seus colegas “infalíveis”.
         Mas na democracia em que vivemos, conquistada a duras penas, não é mais possível que estas coisas se tornem reais novamente. Resta, porém, o abuso psicológico com que os líderes romanos ameaçam seus próprios fiéis. Cada pecado, cada investida contra a Santa Sé representa tantos números de pena no purgatório. Sair da “única igreja fundada por Cristo”, então, representa a perda da salvação.


Intolerância


         Tudo o que estudamos anteriormente na questão do abusos físicos mostra claramente a intolerância do catolicismo frente às outras religiões e igrejas protestantes. Embora seu discurso na mídia seja “ecumênico”, nas suas frentes de batalha encontram-se fiéis devotados a pregar que todas as igrejas que não fazem parte do catolicismo romano são seitas perigosas que necessitam ser combatidas todos os dias, pois são perigosas instituições dirigidas por Satanás.
         Esta intolerância disfarçada com a máscara do ecumenismo, este total afastamento das verdades bíblicas é que faz do catolicismo romano a maior seita da atualidade, sem exagero, conforme veremos nas páginas que se seguirão. Nenhuma outra seita consegue alcançar tamanha profundidade em suas doutrinas errôneas, principalmente porque o catolicismo romano se diz cristão. Por isso deveria se portar como tal.




[1] S. AFONSO de Ligório, Glórias de Maria, p. 448.
[2] Ver capítulo IV.
[3] Ver o texto já postado sobre os meios de salvação da igreja católica romana.
[4] Tanto o Concílio do Vaticano II, como algumas traduções da Bíblia católica, substituem a palavra “amor” pelo termo “caridade”, manipulando seu significado. Por exemplo: a “caridade” de Deus nos leva ao “amor”. Querem com estes equívocos firmar o dogma da salvação pelas obras, aludindo a epistola de Tiago e esquecendo-se do restante da Bíblia.
[5] Com exceção de “perversão sexual”, como veremos mais adiante.
[6] THEODOR Schneider, Manual de Dogmática, vol. 1, p. 27.
[7] P. FLAVIANO Amatulli Valente, Cuidado com as seitas, p. 31.
[8] Idem.
[9] O estudo completo sobre este tema encontra-se no livro “Mariologia: doutrinas e refutações”, de minha autoria, ainda inédito.
[10] S. LUIS Maria Grignion de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, p. 21.
[11] S. AFONSO de Ligório, op. cit., p. 118.
[12] Idem, ibdem, p. 77.
[13] PE. FLAVIANO Amatulli Valente, op. cit., p. 21.
[14] Sobre este tema deve-se estudar mais aprofundadamente sobre salvação pessoal.
[15] JÚLIO José Chiavenato, O golpe de 64 e a ditadura militar, ps. 30 a 33.
[16] De fato muitos religiosos resistiram ao golpe militar de 1964 e se tornaram presas fáceis nas mãos dos militares e, por que não supor, dos próprios colegas de hábito. Como também podemos absorver da História, a igreja católica acabou formando frentes de batalha contra o golpe, apoiando a luta armada, inclusive grupos marxistas. Centenas de católicos, inclusive padres acabaram sendo torturados e mortos. Um exemplo foi frei Tito, perseguido, torturado e induzido ao suicídio pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury. Suicidou-se na França, em 1974, aos 29 anos (CHIAVENATO, p. 128,129).

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4 comentários:

  1. Boa noite Irmão!

    Sobre fé e obras sugiro a leitura da Sagrada Escritura: Tiago, capítulo 2. Está bem claro e dispensa comentários adicionais.
    Sobre Maria e seu poder de intercessão por nós junto ao Pai, sugiro que leia João, capítulo 2.
    Através dos santos e "seus" milagres nós enxergamos o poder do Criador de operar maravilhas quando se tem fé. Os santos apenas são os instrumentos, mas é Deus quem opera o milagre. E Ele só opera através de quem acredita. E os santos eram pessoas com uma vida voltada a Jesus Cristo e seus ensinamentos.
    Podemos citar passagens em que Deus não repudia imagens, pelo contrário, vejamos em IICrônicas 3: 10, onde o Rei Salomão ergueu um Templo de Deus e mandou colocar duas imagens gigantes de querubins. A isso Deus manifestou-se à Salomão, dizendo: “Eu escolhi este lugar para que seja o Templo, no qual me oferecerão sacrifícios. Eu escolho e consagro este Templo, para que meu nome nele resida.” (IICrônicas 7: 12 e 7: 16). Podemos citar ainda descrevendo o mar de bronze, como diz na Bíblia: “O trabalho da base era a cinzel e havia esculturas entre as junturas. Entre as coroas e festões havia leões, bois, querubins e também nas junturas da parte de cima; debaixo dos leões e dos bois pendiam como que umas grinaldas de cobre.” (I Reis 7, 28-29).
    As imagens são como fotografias de pessoas que amamos, que nos trazem boas lembranças, assim são as imagens de Cristo, nos fazem recordar de Cristo. Assim são as imagens dos Santos na Igreja Católica, lá estão para nos servir como exemplo de perseverança e fé.
    Devemos lembrar que as imagens estão a todo instante em nossas mentes, pois as criamos constantemente, como exemplo, quando falamos de um carro, ou de uma árvore. A Bíblia é a imagem de Deus, pois suas palavras são a imagem do pensamento de Deus. O homem é a imagem de Deus, no homem criatura se vê a vontade do criador.
    Como uma igreja com mais de 2 mil anos de história é normal que se tenha uma tradição, assim como tantas outras instituições históricas possuem uma tradição conservada. Sim, algumas vezes pode não estar certas, mas a Igreja Católica tem mudado muito de uns anos para cá, assim como o pensamento da sociedade tem mudado.
    Quanto à intolerância que você comenta no final do seu texto, acredito que alguns católicos realmente sejam intolerantes. Mas com certeza, e por experiência própria, o que mais vejo é o contrário. Católicos sendo considerados não cristãos e portanto destinados ao "fogo do inferno". Já frequentei cultos de outras religiões e pude perceber isso claramente. Somos tratados como se não acreditássemos em Deus. A acolhida na maioria das vezes é boa, mas sempre saio triste pois sou chamada a "aceitar Jesus" e quando digo que já aceitei, sou desacreditada. Já até riram da minha cara quando disse isso. Mas, graças a Deus, eu realmente posso dizer que já aceitei Jesus na minha vida, mas por ser católica, parece que, para os protestantes, isso invalida a minha fé. O que é uma pena.

    Paz e bem.

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    1. querida amiga...cos não estão tão longe assim de heregias,de idolatrias por ai vai...prefiro viver em paz com todos mas não aceitando tudo com se fosse verdade...pois só existe uma verdade que é cristo...cara amiga minha religião é boa para viver nela,mas não para morrer nela. salvação é individual gracas a DEUS por isso não é...siga em paz com todos mas negar a verdadeira soberania de do senhor jesus cristo naquele dia será negado por ele.II timóteo 2 11 Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos;
      12 Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará;lucas 12,E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.
      8 E digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus.
      9 Mas quem me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus.
      esse texto é muito sério podemos falar de cristo,pregar cristo.viver ..mas corremos o risco de nega-lo.... "A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo."

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  2. Tiago não falou de salvação eterna através das obras.

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  3. Primeiramente seita nada mais é que uma organização religiosa com o princípio de isolar seus membros da sociedade comum ou do resto do mundo, como mórmons, testemunhas de Jeová, entre outras! Catolicismo faz o contrário, quer espandir o Cristianismo a todos os povos e nações (Marcos c.15 - v.16).
    Tradição é, junto com a Palavra, uma das bases fundamentais da fé católica! Confiar somente nas Escrituras é um equívoco! Mesmo que tenham sido inspiradas pelo Senhor a quem as registrou pela primeira vez, não quer dizer que as reedições tenham sido inspiradas também! Assim como o povo dizia coisas diferentes sobre quem era Jesus (Marcos c.8 - v.27-38), também existem bíblias que divergem entre si: as biblias mormon e tJ são muito contraditórias à Católica e até à evangélica; a bíblia de Lutero impressa por Guttemberg disseminou centenas de versões cismáticas, contraditórias, profanas e até blasfemas; a King James é a mais mau traduzida e antiga versão aceita pelos protestantes mesmo sendo uma abominação antibiblica!

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